Já se informou se tem o seguro mais indicado para a sua casa? Sabe o que esse seguro cobre? Está informado sobre se esse seguro pode ser alterado e melhorado? Sabe que poderá estar a pagar mais do que devia? Se há muito tempo não olha para o seu, então está na hora de o fazer.
Antónia Rodrigues comprou a sua casa há 10 anos e sempre pagou o seguro anual que chegava em Outubro. O valor era retirado automaticamente da conta e nunca tinha dado muita importância a esse facto e nem se lembra de alguma vez ter olhado para esse seguro, só sabia sempre que nesse mês tinha aquele valor para pagar. “É uma das muitas exigências e necessidades no acto da compra da casa e com tanta papelada e burocracia que é obrigatória nessa altura, pagamos o seguro que o banco obriga e nem nunca mais se pensa nisso. E nem nunca olhei para os papéis sobre as condições e a cobertura”, lembra.
Felizmente nunca foi necessário accionar o seguro até hoje mas no ano de 2013, Antónia já se preocupou mais com ele. Num ano mais difícil onde as contas orçamentais familiares têm de ser muito bem geridas e onde a palavra poupar é ‘ordem’, os 216 euros que pagava pesavam muito nesse mês. O primeiro pensamento foi pelo menos dividir o valor em dois. “Se o seguro do carro pode-se pagar em várias modalidades, pensei que também o podia fazer com a casa. Dirigi-me então à seguradora para ver a melhor solução”, recorda.
Seguro demasiado elevado
Depois de várias informações junta da seguradora e do próprio banco, Antónia foi informada que estava a pagar um seguro demasiado elevado para a casa. No final ficou surpreendida, o valor que conseguiu para o seguro era menos de metade do que pagava até aí. “Fiquei inclusive com toda a informação do que estava salvaguardada em termos de cobertura do seguro e apesar de agora ter o essencial sei o que poderei acrescentar para ficar mais descansada em termos de protecção. Nunca sabemos o dia de amanhã e quando a minha economia familiar melhorar tratarei de alargar algumas cláusulas”, explica Antónia Rodrigues.
No momento em que as famílias portuguesas estão a passar algumas dificuldades financeiras, é importante gerir bem todas as contas e o exemplo da Antónia pode ser o de muitas outras pessoas.
O seguro certo
A DECO inclusive aconselha os seguros que deve ter obrigatoriamente. A lei exige um seguro para cobrir o risco de incêndio da habitação no caso de viver em condomínio mas convém acautelar outras situações que podem provocar danos graves, como sismos ou inundações, não protegidas pelas coberturas obrigatórias.
Para a Associação da Defesa do Consumidor deve ter em atenção as coberturas a não perder. O seguro multiriscos-habitação é um pouco mais caro do que o de incêndio, mas muito mais abrangente.
As apólices têm coberturas de base e complementares. A de “incêndio, queda de raio ou explosão”, que indemniza os danos causados por estes fenómenos, está presente na base de todas as apólices. É também aconselhável contratar a cobertura de danos por água para cobrir os danos com ruptura, entupimento ou transbordo da canalização ou esgotos. Nalgumas apólices, a pesquisa de avarias está incluída de base, noutras, deve ser contratada à parte.
Para evitar as consequências de desastres naturais, é interessante dispor das coberturas de “inundações”, “tempestades” e “aluimento de terras”. Outra muito importante é a de “fenómenos sísmicos”, contratada a título complementar e cujo preço depende do risco sísmico associado à cidade do imóvel. Para activar a cobertura “inundações”, a chuva deve atingir 10 milímetros em 10 minutos e, no caso da cobertura “tempestades”, os ventos devem atingir mais de 100 quilómetros por hora e provocar estragos em edifícios num raio de 5 quilómetros.
Se a casa ficar inabitável devido a um sinistro coberto, a “privação temporária do uso da habitação” paga o transporte e armazenamento de objectos e alojamento durante a reparação. Nesta situação, também pode ser útil “demolição e remoção de escombros”.
Em caso de danos após “furto ou roubo”, as apólices indemnizam os prejuízos. Os danos causados a terceiros são cobertos ao abrigo da “responsabilidade civil”.
Avalie os bens correctamente para uma indemnização suficiente quando activar o seguro ou veja a apólice mais vantajosa de seguro multiriscos-habitação.
in: diarioimobiliario.pt